A cantora Daniela Mercury lançou, nesta sexta-feira (17) a sua regravação da música Mila, composta por Manno Goés e Tuca Fernandes. A canção ficou no centro da polêmica já que seu interprete original, o cantor Netinho, é defensor ferrenho do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A escolha da data de lançamento não foi acidental. Toda a campanha do single provoca com alusões ao número usado pelo presidente Bolsonaro nas eleições de 2018. “17 de lembra alguma coisa?”, pergunta um dos vídeos. “O número 17 estava precisando de um banho de folha”, afirma outra. “Aqui em casa, desde 2018 a gente pula do dia 16 para o 18”, completa mais uma peça.
Diante da polêmica, Mercury decidiu regravar a música para ‘libertá-la’. “Eu queria trazer o espírito da liberdade para a música, mudando completamente a roupagem dela. Por isso, entrei numa área que faz parte da minha história: a música eletrônica percussiva. Ficou incrível! Milla livre para sempre”, disse a artista em entrevista ao site Hugo Gloss.
A nova versão ganhou o apoio de Manno Góes, que chegou a buscar a justiça para proibir o uso das músicas em eventos pró-Bolsonaro. “Agora sim”, comentou Goés em uma das publicações da cantora. (Metro1)