Após prisão de advogados, presidente da OAB-BA pede acesso a processos

Foto : Matheus Simoni / Metropress

Após o pedido de prisão do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra dois advogados baianos – Marcio Duarte Miranda e Daniel Ângelo de Paula – por suspeita de fraude em processos contra planos de saúde, o presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil, Fabrício Casto, cobrou o acesso aos processos. 

“A gente tem que aguardar a apuração e a advocacia quer os esclarecimentos de todos os fatos. A gente espera que o MP compartilhe as informações. Temos encontrado dificuldade em ter acesso aos documentos. A OAB precisa ter ciência do que acontece para ter uma apuração interna, ver se houve infração e tomar medida cabíveis”, afirmou ao Metro1. 

Fora da Bahia hoje, Castro afirmou que a comissão de Prerrogativas da ordem acompanhou as buscas nos endereços de advogados na capital. “As prerrogativas foram respeitadas”, pontuou. 

Operação Palhares – O advogado Daniel Ângelo de Paula foi preso em Salvador hoje (10), em uma operação para desarticular uma quadrilha suspeita de aplicar um golpe milionário contra uma empresa de plano de saúde, a Unimed de Petrópolis (RJ).

Também alvo de mandado, o suspeito Márcio Duarte de Miranda, genro da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Maria do Socorro, já estava preso desde novembro por suspeita no esquema de venda de sentença no TJ-BA, a Operação Faroeste.

De acordo com as investigações, um dos golpes praticados pelo grupo causou um prejuízo de R$ 17,6 milhões à Unimed de Petrópolis.

A fraude consistia em vender para empresas créditos da Receita Federal, que não existiam na verdade, Os dados falsos eram inseridos no sistema e os empresários eram enganados. (Metro1)

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