O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles justificou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (30), a decisão da instituição de ter rejeitado o projeto “Future-se”, do governo Bolsonaro.
“O conselho universitário, por unanimidade, com a fala de cada conselheiro, representando cada unidade e categorias, rejeitou a proposta do Future-se, por compreender que ela é unilateral e mesquinha com a universidade. Ela não dá conta dos desafios de financiamento. Aliás ela preocupa muito, porque parece significar sim descompromisso do Estado com o financiamento do ensino superior, constrange a autonomia universitária, quando não a ameaça. Não está à altura do desafio e não atende o propósito essencial da universidade pública, gratuita, inclusive e de qualidade“, declarou.
Segundo a gestão do presidente Jair Bolsonaro, o Future-se deve fazer alterações significativas na administração das instituições, como a contratação de professores e técnicos via CLT, e não mais por concurso, e com contratos intermediados por organizações sociais.
A decisão de rejeição ao Future-se pela Ufba ocorreu ontem (29), na sessão de abertura do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFBA 2019.
Segundo reitor, o evento vai ter a apresentação de mais de três mil trabalhos da comunidade universitária e é aberta a todos.
“Uma programação vastíssima, recomendo a todos. Lá vão encontrar grande programação. São mais de três mil tabalhos sendo apresentados, diversas mesas e intervenções artísticas. A comunidade está toda convidada”, disse.
A programação completa do evento está no site congresso2019.ufba.br, onde é possível fazer a inscrição.
(Metro1)