A categoria docente da Uneb, em assembleia na manhã desta quinta-feira (21), no Campus de Salvador, deliberou pelo Estado de Greve. A partir de agora as/os professoras/es ficam a um passo da deflagração da greve por tempo indeterminado. A assembleia também aprovou a paralisação das atividades acadêmicas em todos os campi da Uneb, nesta sexta-feira (22). Para esse dia, os docentes conclamam todo a comunidade acadêmica, dos 24 campi, a participar das manifestações nacionais contra o projeto de reforma da Previdência. Em Salvador, a partir das 9h, o protesto acontecerá na Rótula do Abacaxi. Nas cidades em que existam campi da Uneb, mas que não ocorrerão manifestações, a indicação da assembleia é que os docentes façam aulas sobre o impacto da reforma da Previdência na seguridade social dos trabalhadores. Durante toda a próxima semana acontecerá atividades de mobilização em todos os campi, com aulas públicas, panfletagem, reuniões nos departamentos, diálogos com estudantes e servidores técnicos. A próxima assembleia, que terá como pauta a deflagração da greve, foi agendada para o dia 4 de abril.
Greve
Desde 2016, o Fórum das ADs tenta abrir negociação com o governo que, de maneira autoritária, fecha as portas ao Movimento Docente. Entre as principais reivindicações da categoria está o respeito aos direitos trabalhistas. Somente na Uneb, mais de 400 docentes esperam por promoções e alterações de regime de trabalho. Há quatro anos a categoria está sem receber o reajuste das perdas inflacionárias, o que acumula um prejuízo de mais de 25% do salário do professor. O contingenciamento orçamentário, imposto pelo governo Rui Costa, coloca a Uneb em profunda crise, comprometendo o ensino, a pesquisa e a extensão. De 2011 a 2016 o governo estadual impôs seis decretos de contingenciamento. No ano passado, somente de agosto a novembro, os repasses aos 29 departamentos foram em média apenas 55% dos recursos planejados. (ADUNEB)