Ações das Polícias Militar e Civil, por meio de unidades especializadas em atendimento à mulher, resultaram na redução de 20% nos casos de feminicídio no estado da Bahia, em 2021. No ano passado foram registradas 89 ocorrências, contra 113 em 2020, no período de janeiro a dezembro.
A comandante da Operação Ronda Maria da Penha (ORMP), major Tereza Raquel Araújo da Paz, conta que, tanto na capital, quanto no interior do estado e Região Metropolitana de Salvador (RMS), são realizadas visitas às vítimas que possuem medidas protetivas. Em 2021, a Operação realizou na Bahia 20.287 medidas de proteção, prendeu 131 agressores em flagrante, além promover 210 encontros educativos.
Segundo a oficial, esse trabalho redobra a atenção nas mulheres que já estão sob tutela, além de prevenir diversos tipos de violências e do feminicídio. “Só em Salvador, a ORMP realizou ações educativas como palestras, passou a acolher mais 237 mulheres assistidas, teve 1.868 medidas de proteção fiscalizadas e 15 prisões”, disse a oficial.
Para a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, delegada Bianca Andrade, as prisões imediatas em tentativas de feminicídio foram de fundamental importância para esse resultado.
“Quando a vítima chega com algum tipo lesão, identificamos o agressor e entramos rapidamente com o pedido prisão preventiva, a fim de evitar o desfecho fatal. Só no ano passado, realizamos 138 prisões”, contou, acrescentando que a especializada também prestou 1.711 atendimentos psicossociais, além de 1.216 inquéritos instaurados, 832 medidas protetivas e o cumprimento de 18 mandados de prisão.
A delegada também lembrou que em toda a Bahia há 15 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher, nas cidades de Salvador (em Periperi e Engenho Velho de Brotas), Feira de Santana, Itabuna, Ilhéus, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Porto Seguro, Paulo Afonso, Alagoinhas, Jequié, Barreiras, Candeias e Camaçari.
Já os municípios de Santos Antônio de Jesus, Irecê, Jacobina, Itapetinga e Luís Eduardo Magalhães contam com os Núcleos Especiais de Atendimento à Mulher (NEAMs). “Caso a vítima não consiga chegar até uma unidade, os números 181 e 190 estão disponíveis para as denúncias ou pedidos de ajuda”, concluiu a delegada. (Metro1)