Crianças e adolescentes foram as principais vítimas de violações de direitos humanos na Bahia em 2024, com 79.813 ocorrências registradas, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
As denúncias, feitas principalmente pelo Disque 100, envolvem crimes como maus-tratos, abuso sexual e exploração. O número de violações é maior que o de denúncias, pois uma única ocorrência pode abranger mais de um tipo de crime.
A partir desta terça-feira (17), as vítimas de violência poderão buscar apoio no Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes Violentos (Navv), inaugurado na sede do Ministério Público da Bahia, em Salvador.
O núcleo oferece atendimento psicológico, jurídico e acolhimento às vítimas, dispondo de uma estrutura que inclui brinquedoteca e salas específicas. Apesar de estar localizado na capital, o centro atenderá casos de todo o estado.
Ainda há subnotificação dos casos, pois muitos agressores são parentes ou pessoas próximas às vítimas, o que dificulta as denúncias. Especialistas alertam a população para sinais de abuso, como mudanças de comportamento e marcas no corpo, recomendando que busquem ajuda pelas redes de proteção.
A implementação da Lei da Escuta Protegida é considerada essencial para ampliar a segurança das vítimas durante os depoimentos e evitar que crianças e adolescentes sejam revitimizados. O objetivo é garantir que as vítimas relatem os abusos de forma protegida e em um ambiente acolhedor.