O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (13) que a balança comercial brasileira registrou superávit mais baixo para o mês de maio deste 2019, a US$ 4,9 bilhões. As informações são da Agência Brasil.
Nos cinco primeiros meses do ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,128 bilhões, ou seja, 6,4% a menos que o registrado de janeiro a maio do ano passado (US$ 8,087 bilhões), pelo critério da média diária. O resultado é o mais baixo para o período desde 2018, quando o superávit acumulado tinha ficado US$ 20,005 bilhões.
Normalmente, as estatísticas da balança comercial são divulgadas no primeiro dia útil de cada mês. No entanto, por causa da greve dos analistas de comércio exterior, o resultado foi adiado para hoje, um dia antes de vencer o prazo legal do décimo dia útil para a divulgação.
Em maio, o Brasil vendeu US$ 29,648 bilhões para o exterior e comprou US$ 24,704 bilhões. Tanto as exportações como as importações registraram um recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989. Porém, as importações avanaçaram mais que as exportações.
Ainda no mês passado, o valor das vendas para o exterior subiu 8% ante a maio de 2021, pelo critério da média diária. O valor das importações aumentou 33,5% na mesma comparação.
O que ajudou no recorde das exportações foi a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), mas começou a aumentar o valor das importações. Isso porque o preço de diversas mercadorias que o Brasil importa subiu, mesmo com a quantidade comprada do exterior caindo.
No mês passado, o volume de mercadorias importadas subiu apenas 0,1%, enquanto os preços aumentaram 35,7%, em média, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os produtos com maior impacto na balança comercial foram combustíveis refinados, adubos e fertilizantes, carvão, petróleo bruto, trigo e centeio. Mesmo com a quantidade comprada caindo para a maioria desses produtos, o valor importado subiu, por causa do encarecimento desses itens.
Nas exportações, a quantidade vendida caiu 7,9%, pressionada pela queda nos embarques de grãos e de minérios para a China, que tem algumas regiões em lockdown por causa da pandemia de covid-19. Os preços médios subiram 21,9%. (bahia.ba)
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