A Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, resgatou na noite deste sábado (23), um total de 14 cães das raças shih-tzu, chow-chow, dachshund, maltês e pastor transportados em condições precárias no interior de um ônibus de transporte de passageiros. O flagrante aconteceu no Km 800 da BR-242, em Barreiras (BA).
Os policiais faziam fiscalização na rodovia, quando decidiram abordar um ônibus interestadual que seguia de Brasília (DF) com destino a cidade de Parnaíba (PI).
Inicialmente, foram solicitados os documentos de porte obrigatório do motorista e documentação pessoal dos ocupantes, para consulta nos sistemas informatizados da PRF.
Em seguida, os agentes realizaram os procedimentos de fiscalização detalhada e após uma revista no bagageiro do ônibus, sentiram forte odor característico a urina e fezes e encontraram quatro caixas plásticas que continham 10 cães amontoados em situação flagrante de maus-tratos. Mais 04 animais foram resgatados na cabine do motorista.
O confinamento aglomerado, dificultando a respiração, mobilidade e descanso dos cães, além da higienização precária, da temperatura elevada, da falta de iluminação para os cãezinhos transportados no porta-malas, da ausência de materiais que suavizassem o impacto das caixas plásticas com a pele dos animais e da falta de alimentação adequada aos filhotes foram algumas das situações identificadas pelos agentes federais.
Os caninos foram embarcados em Brasília (DF) e seriam levados para Parnaíba (PI), portanto, uma distância de 2.100 quilômetros e quase 40 horas de viagem. Alguns animais apresentavam cansaço e aparente desidratação. A pelagem dos filhotes estavam ‘cobertos’ com fezes e urina.
Não foram apresentados qualquer documentação legal dos animais, como nota fiscal, guia de transporte e comprovação de vacinação.
O motorista de 41 anos relatou que os caninos têm menos de 45 dias de vida e seriam entregues em Parnaíba e Água Branca, no Piauí.
A situação degradante em que se encontravam os animais se enquadrou no crime de maus tratos de animal doméstico, previsto na Lei Ambiental, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
Os filhotes foram entregues aos cuidados provisório de uma entidade que resgata e acolhe animais em situação de maus-tratos e abandono. (Agencia PRF)