Bolsonaro chama Dilma de ‘presidanta’ e volta a dúvidas sobre urnas

Imagem: Governo/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) insultou nesta sexta-feira (25) a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se referindo a ela como “presidanta”. A fala de Bolsonaro aconteceu quando ele citava os investimentos brasileiros no metrô de Caracas, na Venezuela, dizendo que Belo Horizonte não tem metrô, o que não é verdade. A capital mineira conta com uma linha de metrô, que vai até Contagem.
 

“Alguém acha que (Nicolas) Maduro (presidente da Venezuela) está pagando a dívida do metrô em Caracas? Não tem metrô em BH, mas tem metrô em Caracas. E a última presidente era de Minas, ou melhor presidanta”, atacou Bolsonaro. “Não querem voltar um cara para a cena do crime. Alguns querem voltar a quadrilha toda para a cena do crime.
 

A construção da linha cinco do metrô da capital venezuelana foi feita pela empreiteira brasileira Odebrecht, com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
 

Sobre as eleições deste ano, Bolsonaro disse que o evento de lançamento de sua pré-candidatura à reeleição está confirmado para domingo (27), às 10h. O PL vem mudando a forma de divulgação do evento para evitar que ele seja enquadrado em crime eleitoral, já que a propaganda política para o pleito de outubro só é permitida a partir de 16 de agosto.
 

“Não vou fazer propaganda política aqui, mas está sendo divulgado na internet como se eu tivesse cancelado nosso evento do próximo domingo agora, que é o pré-lançamento da candidatura. Está mantido o evento aqui em Brasília, 10h, domingo”, afirmou.

URNAS ELETRÔNICAS


No evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre as urnas eletrônicas. Ele disse mais uma vez que o “voto tem que ser contado”, o que já é feito em toda eleição no país.
 

“O voto tem que ser contado. Não podemos disputar uma eleição com a mínima suspeição de que algo esteja errado. Pode ter certeza, eu acredito que as eleições sejam limpas e confiáveis no corrente ano, que só podemos disputar eleições dessa maneira”, disse.
 

Nunca houve comprovação de fraude nas eleições desde a adoção das urnas eletrônicas no país. Essa constatação foi feita não apenas por auditorias realizadas pelo TSE, mas também por investigações do MPE (Ministério Público Eleitoral) e por estudos independentes.
 

Além disso, as urnas eletrônicas são auditáveis e este procedimento é feito durante a votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou “votação paralela”). Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.
 

“Nós queremos eleições limpas. Tenho certeza que temos como colaborar com nosso prezado TSE, com nosso querido Alexandre de Moraes, nosso querido (Luiz Roberto) Barroso e (Edson) Fachin (presidente do TSE) para que isso aconteça. Tenho a certeza que no fundo do coração deles, eles querem isso e isso quer, no meu entender, grande parte da população brasileira”, disse Bolsonaro. (Bahia Noticias)

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