Em meio à crise envolvendo o chanceler Ernesto Araújo e a alta nos números da Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para pedir a partipação da população em um “dia de jejum e oração” a ser realizado nesta segunda-feira. Segundo o presidente, a iniciativa visa interceder pela “liberdade da nação”.
Na postagem feita na noite de domingo, Bolsonaro ainda cita a pandemia e afirma que vencerá a “batalha” contra o vírus “ao lado de Deus”.
“Seguiremos lutando com todas as nossas forças contra o vírus e o desemprego; pela vida, mas sem abrir mão da dignidade de cada um. A batalha é dura e dolorosa, mas juntos, ao lado de Deus, nós venceremos! Abençoado seja o nosso Brasil e o povo brasileiro! Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor (Salmo 33:12)”, escreveu.
No ano passado, o presidente convocou apoiadores para um dia de jejum contra o coronavírus durante uma entrevista à Jovem Pan no dia 2 de abril. Na época, o país havia registrado pouco mais de 200 mortes por conta da Covid-19. Atualmente, o número de vítimas passou a marca de 300 mil.
— Um pedido aqui, um dia de jejum para quem tem fé, em nome de que o Brasil fique livre desse mal — disse.
Três dias depois, dezenas de religiosos foram ao Palácio da Alvorada, em Brasília, para fazer orações em seu favor. Os fiéis ficaram do lado de fora da residência oficial, mas Bolsonaro não saiu. Diante do gramado que fica na frente do palácio, um grupo vestido com as cores da bandeira do Brasil se reuniu para rezar já no início da manhã. Pouco depois do meio-dia, fiéis que estavam no local reservado aos simpatizantes do presidente passaram a fazer orações individuais, em voz alta, em nome de Bolsonaro e também contra a imprensa. (Extra)