O Ministério das Relações Exteriores decretou sigilo nos custos das viagens feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos cinco primeiros meses de governo, informa reportagem do portal UOL.
O pedido dos dados, solicitados pelo site por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), foi negado com a justificativa de que poderia colocar em risco a segurança das operações de futuros deslocamentos do presidente. As viagens, já realizadas, foram, contudo, amplamente divulgadas.
Segundo a publicação, ao impedir a divulgação dessas informações, Bolsonaro repete seus antecessores, Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT), que também restringiram o acesso aos gastos de seus giros internacionais.
A transparência quanto a esses dados era algo comum durante os sete mandatos de Bolsonaro como deputado federal. Ele declarava os gastos de suas movimentações por meio do sistema de prestação de contas da Câmara dos Deputados.
No pedido feito ao Itamaraty, o portal UOL perguntou o valor total de gastos e o descritivo das despesas com hotel, passagens aéreas, alimentação e transporte, sem a necessidade de qualquer identificação do esquema operacional das viagens do presidente —apenas os valores.
Bolsonaro já visitou Suíça, durante o Fórum Econômico em Davos, Israel, Chile e duas vezes os Estados Unidos. Na quinta (6), estará em Buenos Aires, onde será recebido pelo presidente Mauricio Macri. (bahia.ba)