O presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou a edição desta quarta-feira, 29, do DOU (Diário Oficial da União) o general Júlio Cesar de Arruda para assumir o cargo de comandante do Exército. A nomeação foi assinada também pelo atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Arruda foi o escolhido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo.
Arruda assumir antecipadamente acontece após avaliação feita por militares de que, diante do aumento do receio de episódios de violência, é mais prudente que o Exército já esteja sob o comando do general escolhido por Lula. Na caserna, há alertas com a segurança da posse do petista.
A cerimônia de troca de comando está marcada para a sexta-feira, 30, às 10h, no Clube do Exército, em Brasília e terá a presença de Nogueira de Oliveira e de José Múcio, futuro ministro da Defesa do governo Lula.
O governo eleito sofre pressão em relação à segurança de Lula no dia da posse, marcada para o dia 1º de janeiro. O temo acontece devido à organização bolsonarista nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, e ameaças de atentados vistas nos últimos dias.
A expectativa interna é que o novo comandante do Exército trate os bolsonaristas como extremistas e possíveis ameaças ao Estado democrático de direito. Uma das prioridades do novo governo é colocar fim às manifestações que acontecem em frente aos quartéis em todo o Brasil.
Também existe a possibilidade de antecipação na posse do novo comandante da Marinha. A força hoje é comandada por Almir Garnier Santos, que entregaria a pasta para Marcos Sampaio Olsen, escolhido de Lula e do futuro ministro da Defesa, José Múcio. O atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio de Oliveira, marcou a cerimônia de despedida do cargo para o dia 29 de dezembro.