O governo brasileiro considera rever sua posição de neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia e passar a condenar as ações da Rússia, segundo fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto.
Nas últimas horas, a pressão externa para que isso ocorresse se ampliou e o Brasil passou a considerar essa possibilidade. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, defendeu que o governo Bolsonaro condenasse a decisão de Vladmir Putin de reconhecer as regiões separatistas e enviar tropas para esses locais. Ele disse ainda que a responsabilidade de evitar o agravamento do conflito precisa ser compartilhada por toda a comunidade internacional.
Um dos caminhos seria o Brasil assinar eventuais resoluções do Conselho de Segurança da ONU, do qual é membro rotativo, da Assembleia-Geral da ONU ou até do G-20, grupo das 19 maiores economias do mundo.
No caso do Conselho de Segurança, a avaliação do governo brasileiro é de que uma declaração condenando a Rússia será mais difícil de sair, uma vez que os russos ocupam a presidência do colegiado no momento. (A tarde)