Brasil pode produzir IFA da vacina de Oxford até setembro, diz Fiocruz

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, afirmou que a instituição planeja passar a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) usado na produção da vacina contra a Covid-19. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (8), durante a um debate da Comissão temporária da Covid-19 do Senado.

Segundo o portal G1, a presidente ainda afirmou que a partir de setembro o Brasil já poderá ter um imunizante de produção nacional. Atualmente, a Fiocruz necessita do IFA fabricado pela China para produzir a vacina da AstraZeneca/Oxford. O portal ainda aponta que em fevereiro, o atraso no envio do insumo paralisou a produção de doses no Brasil e a Fiocruz chegou a dizer que a demora atrasaria o cronograma de vacinação.

Para a produção própria acontecer, é necessário que a Fiocruz assine um contrato de transferência de tecnologia para a produção da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca. Com a mudança, a fundação terá todo o conhecimento necessário para fazer todo o processo de fabricação da vacina no Brasil.

“Já estamos com as áreas adequadas, temos os profissionais, estaremos assinando contrato de transferência de tecnologia até o final deste mês e as entregas se darão a partir do mês de setembro de vacinas com o IFA nacional”, afirmou Nísia Trindade Lima.

A presidente também revelou que a previsão é de que até julho a Fiocruz entregue 100.004.400 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, produzida com IFA da China. “Nós estamos a partir desse momento já com duas linhas de produção, já alcançamos a produção de 900 mil doses por dia e estaremos trabalhando nessa segunda linha de produção, com um segundo turno de trabalho que nos permitirá a produção de até 1,2 milhão de doses, dia”, disse.

Sobre os possíveis atrasos nas entregas dos insumos, Nísia Trindade Lima explicou que “há um compromisso” de que as próximas remessas do IFA serão enviadas dentro dos prazos previstos.

“Nossa produção teve que lidar com o atraso na chegada do IFA, mas eu estive, inclusive por duas vezes com o embaixador da China, a última acompanhando o ministro Queiroga, e há um compromisso de que nós possamos ter garantido as próximas remessas de IFA”, afirmou.

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