Brasil registra 722 feminicídios no 1º semestre de 2023, maior número desde 2019

Número de casos de estrupro e estupro de vulnerável de meninas e mulheres também foi o maior já registrado desde 2019, com aumento de 14,9%

O Brasil registrou 722 feminicídios entre janeiro e junho deste ano. O número é 2,6% maior do que os 704 casos dessa natureza contabilizados no país no primeiro semestre de 2022.

Os dados foram divulgados através do levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública e divulgado pela GloboNews. Segundo a entidade, este é o maior número da série histórica para um primeiro semestre desde 2019.

O aumento de feminicídios no Brasil foi puxado pela alta de 16,2% (de 235 para 273 casos) dos casos no Sudeste, única região do país com aumento nos registros desse crime no primeiro semestre deste ano. Nas outras quatro regiões brasileiras, os feminicídios caíram neste ano em relação a 2022: a maior queda percentual deu-se no Nordeste (-5,6%) e a menor, no Norte (-2,8%).

O país registrou ainda 34 mil casos de estupro e estupro de vulnerável de meninas e mulheres no primeiro semestre deste ano. O crescimento é de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o FBSP. Isso significa que a cada 8 minutos uma menina ou mulher foi estuprada entre janeiro e junho no Brasil, também o maior número desde 2019.

Todas as regiões do país apresentaram crescimento nos casos de estupro, quando comparado com o mesmo período de 2022. A maior variação se deu na região Sul, com crescimento de 32,4%, seguida da região Norte, com crescimento de 25%, e da região Nordeste, cujo crescimento foi de 13,2%. No Centro-Oeste o aumento foi de 9,7% e no Sudeste a alta foi de 4,8%.

(Metro 1)

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