Brasileiros não acreditam em progresso com desigualdade social, diz pesquisa

Foto : Tuca Vieira/Folhapress

Oito em cada dez brasileiros, hoje, já acresditam que não é possível se falar em progresso sem reduzir as desigualdades. É o que aponta uma pesquisa de opinião lançada hoje pela Oxfam Brasil em conjunto com o Instituto Datafolha. 84% das pessoas ouvidas concordam que é obrigação do estado diminuir a diferença entre ricos e pobres, o que demonstra uma baixa adesão a um projeto de Estado Mínimo para o Brasil, segundo os pesquisadores.

Ao mesmo tempo, porém, acompanhando um estado de transição e de profundas transformações por que passam o mundo e o país, a maioria dos brasileiros ainda não compreende o real tamanho das desigualdades brasileiras. E depositam no combate à corrupção, no investimento público em saúde e em educação a esperança para reduzir as desigualdades. O resultado da pesquisa, feita entre os dias 12 e 18 de fevereiro deste ano em 130 municípios, ouvindo 2.086 pessoas, mostra também um descompasso entre a percepção dos cidadãos e cidadãs brasileiras e a agenda política do país, “que não tem demonstrado interesse entre a disparidade de renda entre o topo e a base da pirâmide”.

Um em cada quatro brasileiros entendem que subiram de classe social desde 2014. E as explicações para tal mobilidade estão nas oportunidades de trabalho (para 52%), na melhoria das condições financeiras da família (para 32%), nas oportunidades de estudo (para 27%) e no local de moradia (para 22%). (metro 1)



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