Caso Boate Kiss completa oito anos sem julgamento dos responsáveis

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), na madrugada de 27 de janeiro de 2013 deixou 242 mortos e 636 feridos. Passados oito anos, nenhum dos quatro réus apontados como responsáveis pelo fogo foi julgado ainda.

Durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista usou um sinalizador de uso externo. As faíscas do artefato, em contato com o teto, deu início ao fogo. Além do vocalista, Marcelo de Jesus dos Santos, o produtor e auxiliar de palco, Luciano Augusto Bonilha Leão, e os sócios da boate Mauro Londero Hoffmann e Elissandro Calegaro Spohr foram apontados como culpados,

A terapeuta ocupacional Kelen Ferreira é uma das sobreviventes do incêndio, após 78 dias hospitalizada. “Todo janeiro, principalmente na semana do dia 27, passa um filme na cabeça. Porque eu lembro também das minhas amigas que morreram. Eu perdi três amigas. Eu lembro de tudo o que aconteceu dentro da boate”. Na época que a tragédia aconteceu, Kelen tinha 19 anos.

Durante a madrugada desta quarta, às 2h30, horário que ocorreu o incêndio há 8 anos, uma sirene soou na Rua dos Andradas, local onde ficava a boate Kiss. Desde a semana passada, homenagens estão sendo feitas. Dois outdoors foram instalados na cidade com as frases “oito anos à espera de justiça” e um trecho do livro da escritora Daniela Arbex: “se a recordação de uma tragédia é dolorosa, imagina carregá-la dentro de si”. Fonte: G1

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