O júri popular dos pastores, acusados de matar o adolescente Lucas Terra, chega ao 2º dia nesta quarta-feira (26), em Salvador. O garoto de 14 anos foi queimado vivo em março de 2001 e o corpo dele foi encontrado carbonizado, dentro de uma caixa, em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama.
Segundo informações do g1 Bahia, os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva são acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os três agravantes para o homicídio são: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima. O julgamento começou na terça (25), no Fórum Ruy Barbosa, e não pode ser gravado. A imprensa pode acompanhar todo o processo e depoimentos, mas não pode fazer registros.
O primeiro dia do júri durou cerca de 12 horas. A mãe de Lucas Terra, as outras quatro testemunhas de acusação e uma testemunha de defesa foram ouvidas. “São 22 anos de impunidade, de abuso do tempo de espera. Esperar para que haja o julgamento de uma criança, todos esses anos, é ferir a nossa família todos os dias”, disse Marion Terra, mãe da vítima, momentos antes do início do júri popular.
Nesta quarta-feira, o julgamento será iniciado às 8h30 e a expectativa é que as outras nove testemunhas de defesa dos réus sejam ouvidas. A previsão é que o julgamento seja finalizado apenas na sexta (28), quando as duas mulheres e cinco homens que formam o júri decidirão se os pastores serão condenados ou absolvidos.
Em nota enviada antes do julgamento ao g1 Bahia, a defesa dos pastores disse estar convicta da inocência dos clientes, e que não há provas ou indícios contra Joel e Fernando. Durante o júri, ao ser procurada pela equipe de reportagem da TV Bahia, a defesa informou que só irá se pronunciar novamente ao final do julgamento. (ba)