A cidade de Chicago fez história na noite de terça-feira (2) ao eleger sua primeira prefeita negra e gay, Lori Lightfoot. A democrata, de 56 anos, foi eleita com 74% dos votos, derrotando Toni Preckwinkle, também mulher e negra.
Lori, que é ex-promotora, tomará posse em 20 de maio e será a oitava prefeita negra de grandes cidades americanas atualmente. Desde 1837, Chicago só elegeu um prefeito negro e uma prefeita mulher.
Durante a campanha, a prefeita eleita prometeu priorizar os interesses dos cidadãos de Chicago, além de combater a corrupção e ajudar as pessoas de baixa renda e da classe trabalhadora, que foram “deixadas para trás e ignoradas” pela classe política dominante da cidade.
Lori comemorou a vitória em um hotel na cidade ao lado de sua esposa e sua filha. Em seu discurso, ela ressaltou o fato de sua eleição ser um feito histórico e marcar o início de um movimento de mudança. Sua oponente, Preckwinkle, a parabenizou e também falou da importância da eleição. “Esta é claramente uma noite histórica. Não muito tempo atrás, duas mulheres afro-americanas competindo por esse cargo teria sido impensável”, disse.
Em seu mandato, Lightfoot terá de enfrentar alguns problemas graves que cresceram em Chicago nos últimos anos. A metrópole de 2,7 milhões de habitantes sofre com altas taxas de criminalidade, brutalidade policial, corrupção e falta de recursos, em comparação a outras cidades grandes do país. Em 2018, foram registrados mais de 560 assassinatos na cidade, número maior que os de Nova York e Los Angeles – as maiores cidades dos EUA – juntas.
A alta taxa de homicídio levou o presidente americano, Donald Trump a ameaçar intervir na cidade com forças federais em 2017, para conter o que ele chamou de “carnificina”.