Cláudia Raia fala sobre vida sexual, menopausa e tabus em entrevista em Portugal

Durante divulgação da peça “Menopausa”, atriz brasileira abordou temas como libido, autoconhecimento e a importância de quebrar preconceitos sobre sexualidade feminina.

Em turnê por Portugal com o espetáculo “Menopausa”, a atriz brasileira Cláudia Raia, de 58 anos, tem aproveitado as entrevistas para compartilhar sua visão sobre temas ligados à sexualidade feminina, especialmente durante essa fase da vida.

Em uma conversa franca no programa português Goucha, Cláudia revelou detalhes sobre sua vida íntima, incluindo sua relação com o marido, Jarbas Homem de Mello, e a forma como encara o desejo sexual após a menopausa.

A atriz contou que continua ativa sexualmente e que conta com a ajuda de 17 vibradores para manter a libido.

“Os brinquedos [sexuais] ajudam, e muito. Hoje, os vibradores são brinquedos com prescrição médica”, afirmou. Cláudia revelou que possui modelos variados e que escolhe qual usar de acordo com seu humor e desejos.

Além de falar sobre sua própria experiência, a artista comentou que sempre incentivou o autoconhecimento sexual, inclusive na criação de sua filha, Sofia, fruto do relacionamento com o ator Edson Celulari.

“Quando a Sofia fez 12 anos, eu dei um vibrador para ela e disse: ‘Vá se investigar, vá saber do que você gosta’.”

Cláudia também refletiu sobre os desafios que muitas mulheres enfrentam durante a menopausa, como secura vaginal, desconforto no ato sexual e a perda de desejo. Apesar disso, ressaltou que esses problemas não fazem parte de sua rotina.

“O desejo sexual permanece e está bom”, afirmou. Para a atriz, falar abertamente sobre essas questões é essencial para quebrar tabus e ajudar outras mulheres a entenderem que a sexualidade não precisa ser vista como algo proibido ou constrangedor nessa fase da vida.

Mesmo sendo alvo de críticas no passado por incentivar a masturbação feminina, Cláudia segue defendendo o tema.

“Secura vaginal, desconforto no ato sexual… São muitas variantes, muitos incômodos ao mesmo tempo, e, com a falta de desejo, por que você vai se machucar com algo que nem está com vontade de fazer?”, questionou, destacando a importância do autoconhecimento e de buscar alternativas para lidar com as mudanças hormonais.

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