Com o aval do governo federal, a CBF irá apresentar formalmente a candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. A apresentação acontecerá nos próximos dias nas reuniões que antecedem o Congresso da Fifa, que acontecerá em Ruanda. O presidente da confederação brasileira, Ednaldo Rodrigues, viaja neste fim de semana ao país para participar dos encontros.
A CBF já havia manifestado o interesse em ser sede do Mundial, mas agora o governo federal promete entrar de cabeça no projeto. “O presidente Lula é o maior entusiasta. Ele já perguntou ‘quando que eu entro, quando eu começo a trabalhar para que isso dê certo?’”, revelou neste sábado o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, José Luís Ferrarezi, após participar de um seminário de gestão esportiva organizado pela FGV, no Rio.
De acordo com Ferrarezi, dirigentes da CBF irão se reunir com a ministra do Esporte, Ana Moser, entre os dias 20 e 22 deste mês para apresentar o caderno de encargos. “Nós dialogamos, sim, com a CBF, para que eles pudessem estar agora no Congresso da Fifa e dizerem ‘o Brasil tem interesse’. Para que o Brasil se credencie e a CBF vá lá e diga que sim, o governo federal tinha que dar o aval. Fizemos a conversa e existe o interesse do governo federal”, disse o secretário.
“Daquilo que é o caderno de encargos, o Brasil já tem. São as arenas – mais do que é necessário, inclusive – e a questão da mobilidade, que também já foi feito. O Brasil está muito credenciado, nunca houve uma Copa de Futebol Feminino na América do Sul”, acrescentou o secretário.
Ednaldo Rodrigues disse ainda não saber quem serão os concorrentes do País na disputa para sediar o Mundial, mas para ele a candidatura do Brasil chegará forte. “Nessa viagem que faço agora para o Congresso da Fifa nós vamos ratificar nossa vontade de sediar a Copa do Mundo de 2027 aqui no Brasil, por tudo o que tem o Brasil a oferecer de tranquilidade, de ter os melhores equipamentos, ainda advindos da Copa do Mundo de 2014. Eles estão preservados cada vez mais, (além de estarmos) melhorando outros estádios, que não são arenas”, sustentou. “Acredito muito no potencial do nosso País.”
Tanto Ferrarezi quanto Ednaldo garantiram que “diversos estados” já manifestaram interesse em terem cidades-sede. São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal e Pará são alguns deles.
As potenciais cidades-sede e o total de estádios que sediariam a competição, porém, ainda não estão em debate – a Fifa exige pelo menos oito. A discussão deverá avançar a partir das reuniões com o ministério do Esporte.
“Tenho certeza que, independente do custo, é um investimento no futebol brasileiro, é um investimento para que o País possa ter uma economia mais aquecida, porque demanda várias cadeias do futebol, hotéis, traslados, tudo que seja possível para aquecer a economia”, comentou Ednaldo Rodrigues. (Correio)