Na comparação com o outubro de 2020, o resultado das vendas do varejo na Bahia foi negativo (-1,6%) pela sétima vez consecutiva
As vendas do comércio varejista na Bahia caíram (-0,4%) em outubro em relação a setembro, na série com ajuste sazonal. Segundo a Pesquisa Mensal e Comércio (PCM), do IBGE, com o resultado de outubro, o comércio varejista da Bahia entrou o último trimestre de 2022 apresentando um volume de vendas ainda 7,8% abaixo do patamar verificado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19.
Além disso, na comparação com o outubro de 2020, o resultado das vendas do varejo na Bahia foi negativo (-1,6%) pela sétima vez consecutiva e foi, mais uma vez, a segunda queda mais intensa entre os estados, acima apenas do registrado em Tocantins (-3,8%).
Com a nova retração em outubro, as vendas do varejo baiano acumulam queda de 4,3% no ano de 2022, frente ao mesmo período de 2021. O indicador acumulado no ano se mantém negativo há 11 meses, desde dezembro de 2021, e seguiu como a segunda retração mais profunda dentre os estados, superior apenas à registrada em Pernambuco (-4,5%).
Vestuário puxa queda
Pela primeira vez depois de 14 meses, a maior queda e o maior impacto negativo no resultado geral do varejo baiano não vieram dos móveis e eletrodomésticos, mas do segmento de tecidos, vestuário e calçados (-18,3%), cujas vendas mostraram o quarto recuo consecutivo.
Em seguida vieram os outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,9%), cujas vendas caem seguidamente desde abril. Esse segmento reúne lojas de departamento e grandes varejistas on-line.
As vendas de móveis e eletrodomésticos (-4,3%) continuaram em queda, mostrando o 16o resultado negativo consecutivo (recuam desde julho de 2021), mas com redução no ritmo de retração.
Por outro lado, entre as cinco atividades com vendas em alta na Bahia, em outubro, os combustíveis e lubrificantes (6,6%) foram, pelo terceiro mês consecutivo, a principal influência no sentido de conter a queda geral do setor – embora tenham tido o segundo maior aumento, em termos de magnitude da taxa.
Quem liderou nesse sentido foi o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (54,8%), com uma alta expressiva o suficiente para exercer o segundo principal impacto positivo no resultado do varejo baiano como um todo, em outubro.
Em outubro, vendas do varejo ampliado na Bahia também caíram
Ainda em outubro, o volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano também voltou a cair em relação a setembro. No mês em questão, o recuo foi de (-1,0%) na série livre de influências sazonais, após estabilidade (0,0%) na passagem de agosto para setembro.
O desempenho da Bahia ficou aquém do nacional (0,5%) e foi a 7a queda mais intensa do país, onde 17 das 27 unidades da Federação registraram altas.
Frente a outubro do ano passado, as vendas do varejo ampliado na Bahia também recuaram (-10,4%), com o segundo pior resultado do país, acima apenas do verificado em Pernambuco (-13,5%). No Brasil como um todo, houve variação positiva de 0,3% nessa comparação, com 16 das 27 unidades da Federação em alta.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. (Ba)