Compra à vista ou parcelada? Saiba quando fazer cada escolha

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Comprar à vista ou a prazo? Quando essa dúvida aparece, é necessário fazer algumas ponderações para evitar perder dinheiro. Se a intenção é economizar, a primeira medida a ser tomada é saber se há desconto no pagamento no ato da aquisição.

Caso haja abatimento no valor, o melhor é liquidar a dívida na hora. Mas, se a resposta for negativa, o parcelamento pode ser considerado. Geralmente, o preço à vista é inferior ao do pagamento a prazo, já que este engloba os juros — uma espécie de remuneração dada ao vendedor pela espera para receber o dinheiro.

No entanto, devido a fatores como a inflação, alguns lojistas embutem os juros no preço à vista, explica o economista Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec.

— Quando as cobranças são iguais, é comum que o comprador negocie o desconto para pagamento à vista, para que seja retirada uma parte ou a integralidade dos juros acrescidos no valor — diz Braga. Portanto, para pagar o mínimo possível e evitar o endividamento, a recomendação é sempre ter, no momento da aquisição, a quantia pedida pelo produto.

— O comprador deve, preferencialmente, optar pelo pagamento à vista. O ideal é acumular os recursos e fazer a compra direta. Quem tem dinheiro tem poder de negociação. Pedir desconto é absolutamente normal — enfatiza o economista.

Quando pagar a prazo – De acordo com o professor de Finanças, é mito a ideia de que vale a pena comprar parcelado e deixar investido o montante que seria utilizado no pagamento à vista.

— Como é um dinheiro que já está comprometido com a quitação de uma dívida, ele só pode ser colocado em uma aplicação sem risco, ou seja, de renda fixa, como poupança ou tesouro direto. E não existe a possibilidade de os rendimentos serem maiores do que os juros cobrados no parcelamento — esclarece.

A aquisição a prazo só é vantajosa quando o valor total a ser pago é igual ao cobrado à vista — no comércio, em geral, isso ocorre quando se opta por poucas parcelas. Nesse caso, é aconselhável que se mantenha investido, em alguma aplicação sem risco, o dinheiro para liquidação do débito.

— Ao fazer essa escolha, é necessário verificar também o quanto a prestação vai pesar no orçamento — orienta Gilberto Braga. Para evitar o descontrole das contas, o engenheiro mecânico Jorge Dias, de 56 anos, organiza, em uma planilha, todas as compras parceladas que faz.

Assim, ele sabe quanto dinheiro está empenhado com as dívidas e o que ainda pode gastar. — Só escolho o parcelamento quando não há desconto à vista. Não pago juros a ninguém — afirma.

(iBahia)

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