Conhecida como “Viúva negra”, a mulher suspeita de matar dois namorados envenenados, em um período de oito meses, foi condenada a 21 anos de prisão. Ela foi a júri popular no Fórum de Itabuna, no sul da Bahia, nesta terça-feira (31). A defesa da mulher, que nega os crimes e estava presa há quatro anos, recorreu da decisão.
A mulher teria usado chumbinho para matar os dois parceiros assim que descobriu que eles tinham intenção de terminar o relacionamento com ela. As investigações apontam que as vítimas namoraram com Wane em 2017.
A condenação de Wane Brenda Oliveira, de 34 anos, é referente a morte de Edvaldo Araújo Alves, de 40 anos, que aconteceu em abril de 2017. O homem foi o primeiro a ser morto e namorou com a suspeita durante período de um ano. Nos dois casos, ela socorreu as vítimas até uma unidade de saúde, após o veneno fazer efeito, contudo, em seguida, os dois namorados morreram.
No dia 16 de abril de 2017, Edvaldo passou mal na casa da namorada e foi socorrido por ela para o Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época do crime, a morte foi atribuída a um infarto fulminante.
Ele foi enterrado normalmente, porém, por causa da suspeita de envenenamento, o corpo foi exumado um ano depois. Exames feitos pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) confirmaram as suspeitas.
Segundo a delegada Magda Figueiredo, titular da Delegacia de Homicídios (DH) de Itabuna e responsável pelas investigações, a versão de Wane não convenceu a família da vítima, que alegava ter conhecimento de que ele estava insatisfeito com o relacionamento.
A polícia não detalhou o período exato, mas disse que meses depois da morte de Edvaldo, Wane Brenda estava em um novo relacionamento com Evandro Bonfim de Souza, também de 40 anos. Ainda não há audiência marcada para julgar a morte da segunda vítima.