Os cortes orçamentários do Brasil nos últimos anos atingiram principalmente os programas federais direcionados a populações mais vulneráveis. A redução de investimentos em áreas como assistência social, educação e moradia chegaram a R$ 60,2 bilhões entre os anos de 2014 a 2017.
De acordo com o portal Edgard Digital, a conclusão consta em estudo liderado pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e publicado, recentemente, pela revista científica internacional BMJ.
O levantamento usa dados orçamentários abertos do Senado Federal. Os maiores cortes ocorreram nos programas “Segurança Alimentar e Nutricional” (-85%), “Habitação Decente” (-82%); “Enfrentando o racismo e promovendo a igualdade racial” (-79%) e “Políticas para as mulheres” (-64%).
A pesquisa revela que programas maiores, como “Bolsa Família” e “Educação”, também sofreram redução, que totalizaram mais de R$ 15 bilhões só em 2014.
“Além da grande redução orçamentária geral, é importante observar que as maiores reduções proporcionais ocorreram em programas direcionados a populações mais vulneráveis. Fica claro que as atuais políticas de austeridade no Brasil podem prejudicar, inclusive, a saúde dessa população”, diz Rafael Damasceno de Barros, professor da Escola de Enfermagem da UFBA, que participou do trabalho.
(Metro1)