O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) anunciou a abertura de um procedimento para apurar a conduta do Hospital DF Star, em Brasília, após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser intimado em plena Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo nota enviada ao Painel, a investigação será conduzida sob sigilo processual.

A intimação, realizada na última quarta-feira (23), ocorreu no âmbito da ação que apura uma suposta trama golpista envolvendo Bolsonaro. Um dia antes, o ex-presidente havia participado de uma live na UTI, ao lado do filho, o senador Flávio Bolsonaro, além de receber aliados e conceder entrevista.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou esses atos como justificativa para a medida.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) também se pronunciou nesta sexta-feira (25), ressaltando a importância do respeito aos protocolos técnicos para acesso a UTIs.

“O desrespeito a protocolos técnico-científicos de acesso à UTI deve ser apurado pelos Conselhos Regionais de Medicina pelo risco que representa à saúde e à vida dos pacientes”, afirmou a entidade, que nos últimos anos adotou posições consideradas alinhadas a Bolsonaro.