Damares responde ao desejo do PT de atrair os evangélicos: “Deus abomina o aborto”

Foto: Reprodução

A nova investida do PT no meio evangélico foi alvo de um comentário da ministra Damares Alves, que desdenhou da ideia do ex-presidente Lula de criar um “núcleo” no partido que abra espaço para o segmento.

“Corrupção é pecado”, escreveu a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos em sua conta no Instagram ao comentar a iniciativa petista.

“Por favor, peçam para os membros do tal núcleo vir (sic) aqui falar comigo. Adoraria explicar aos membros do núcleo que Evangelho e comunismo não combinam! Adoraria explicar a eles que corrupção é pecado! Adoraria também dizer a eles que Deus abomina o aborto, a pornografia, as drogas, a mentira e o roubo!”, escreveu Damares, que também é pastora.

“Peçam para os tais membros do núcleo vir falar com uma terrivelmente evangélica”, acrescentou a ministra, indicando que a resistência à tentativa de aproximação da esquerda será forte.

A mobilização indicada por Lula vem sendo articulada desde a derrota nas eleições 2018. O ex-ministro Fernando Haddad (PT), candidato a presidente derrotado, declarou que tinha a intenção de “influenciar evangélicos”, numa clara demonstração de arrogância.

Agora, Lula mostra que continua disposto à contradição, desde que recoloque seu partido no poder: em abril de 2019, quando ainda estava na prisão, o líder petista afirmou que os evangélicos são “preconceituosos”.

O afastamento dos evangélicos que simpatizavam com o partido aconteceu de forma intensa ao longo dos últimos anos devido à postura mais agressiva adotada no governo Dilma Rousseff (PT), quando ideais de extrema esquerda foram sinalizados pela então presidente, como a proposta de legalização do aborto, adoção da ideologia de gênero nas escolas, entre outros pontos.

Essa postura se manteve em 2018, quando o plano de governo proposto mantinha tais premissas, além de sinalizar com a possibilidade de legalização das drogas. Ademais, falava na criação de uma nova Constituição e a transformação do Poder Legislativo – hoje dividido entre Câmara e Senado – em “unicameral”, semelhante ao que foi feito na Venezuela anos atrás e facilitou a perpetuação do chavismo no poder.

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