A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acionou a Polícia Legislativa para investigar o que acredita ter sido um atentado contra ela. À colunista Bela Megale, de O Globo, a deputada relatou que estava, no último sábado (17), em seu apartamento funcional em Brasília vendo TV e, após um lapso de memória de aproximadamente sete horas, se viu em meio a uma poça de sangue no chão de seu closet, com cinco fraturas no rosto e uma na costela. Estava ainda com um dente quebrado e queixo cortado.
“Acordei em uma poça de sangue sem saber quanto tempo fiquei desacordada. A hipótese que eu mais acredito é que sofri um atentado”, afirmou.
A parlamentar contou que, primeiramente, acreditou que tinha desmaiado e se machucado ao cair, até perceber tinha fraturas em muitos lugares do rosto e do corpo. A avaliação dela é que só poderia ter se machucado assim “se tivesse rolado de uma escada, o que não aconteceu”. Ela também mostrou à coluna lesões no joelho e tórax e um inchaço na cabeça.
“É improvável que eu tenha conseguido cair de jeitos diferentes para lesionar tantas partes do meu corpo. Um dos médicos que me atendeu perguntou se eu levei chutes. Mas não posso acusar sem provas. Não me lembro de nada”, diz a deputada.
Ela contou ter sido socorrida pelo marido, o neurocirurgião Daniel França, que costuma passar os fins de semana em Brasília. Diz ter ligado para o celular do marido às 7h da manhã, porque não conseguia levantar. Ele dormia em outro quarto da casa.
À coluna, ela contou que, na terça-feira (20), foi atendida por uma junta de dentistas e que também fez exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde as lesões foram constatadas. No mesmo dia, a deputada relatou o ocorrido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e falou sobre sua suspeita de agressão.
“Já estou em contato com a Polícia Legislativa. Eles vão investigar o caso e solicitarão as imagens das câmeras do prédio para analisar a movimentação. Já fiz esse pedido aos policiais. Amanhã eu prestarei depoimento e indicarei testemunhas, como meu marido, funcionários da casa e porteiros do prédio”, disse ela.
Segundo a publicação, o vigia do edifício da deputada afirmou que os vídeos foram pedidos pela Polícia Legislativa.
Desde o episódio, a deputada trouxe para Brasília seu segurança particular de São Paulo e não dorme mais sozinha no apartamento. Dois funcionários passaram a dormir na sua residência na capital federal. Ela também trocou todas as fechaduras de sua casa e diz que, agora, vai andar armada. (BN)