O crescimento da concentração de renda no Brasil já dura mais de quatro anos, de acordo com levantamento do economista da FGV Social Marcelo Neri, divulgado pelo jornal O Globo hoje (16).
O período é o mais longo da história de aumento da desigualdade no país.
O número de pobres chegou a 23,3 milhões em 2017, conforme o estudo. São consideradas pobres as pessoas que vivem com menos de R$ 233 por mês.
O levantamento ainda aponta que o desemprego elevado, que atinge 12 milhões de pessoas, é o principal motivo para a alta da desigualdade.
A dificuldade de encontrar vaga prejudica diretamente os mais jovens. A renda do trabalho dos brasileiros com idade entre 20 e 24 anos diminuiu 17% entre o quarto trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2019, indica o estudo.