Dia Mundial do Orgasmo: confira mitos e verdades

Foto: Reprodução
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O orgasmo, que corresponde ao maior momento de um prazer sexual, tem data para ser comemorado. Criado na Inglaterra por uma rede de sex shops, o Dia Mundial do Orgasmo é celebrado dia 31 de julho. Segundo a terapeuta sexual Sylvia Marzano, o sucesso do orgasmo é o autoconhecimento. Primeiro é preciso conhecer o corpo e como ele reage aos estímulos.

Para quem tanto busca e nada encontra, o segredo é relaxar. Ansiedade também é inimiga do orgasmo. “Hoje há muita informação, mas pouca formação. Depois de ler e reler manuais, guias, livros e até fazer cursos e treinamentos, se as pessoas não encontraram o prazer que procuram, pode até ser que quebraram alguns tabus, mas alimentaram muitos mitos também”, disse Marzano.

Confira abaixo uma lista de mitos e verdades sobre o orgasmo, segundo Sylvia Marzano:

O orgasmo é sempre muito intenso – Mito. Muitas pessoas acham que ter orgasmo é ver estrelas, entrar numa outra dimensão cósmica, uma expressão violenta de sensações e desfalecimento. As sensações do orgasmo são variáveis de pessoa para pessoa e sofrem influência de fatores intrínsecos (emoções, sentimentos, orgasmos anteriores registrados na memória) e extrínsecos (ambiente, tempo e parceria sexual).

Todo ser humano é equipado biologicamente para ter um orgasmo – Verdade. O nosso corpo está apto para o sexo e consequentemente para o orgasmo. Na dificuldade ou ausência do orgasmo, é necessário a busca de tratamento por um terapeuta sexual para investigar as possíveis causas, físicas ou psicológicas.

O orgasmo masculino é a ejaculação – Mito. O orgasmo e a ejaculação são respostas fisiológicas diferentes no homem. O orgasmo é uma resposta sensorial, enquanto que a ejaculação é a eliminação do esperma. No homem, geralmente eles acontecem simultaneamente.

Preliminares mais longas, orgasmos mais intensos – Mito. As preliminares são importantes para que a mulher chegue ao orgasmo, porém a intensidade do orgasmo depende exclusivamente da excitação, da entrega total ao momento erótico e de suas emoções.

Na transa com outra pessoa do mesmo sexo, a mulher tem orgasmos infinitos – Mito. Quando uma a mulher transa com uma outra não significa que elas terão orgasmos infinitos até que se cansem fisicamente. A mulher, assim como o homem, também tem um período chamado de resolução, ou seja, o período em que o corpo recomeça todo o processo de excitação, realização e novamente o clímax. A diferença entre o homem e a mulher é que ela continua, depois de um orgasmo, em um nível de excitação, e ele não.

Muitas mulheres precisam de estimulação clitoriana para ter um orgasmo – Verdade. Isso é perfeitamente normal e não se trata de um distúrbio. O orgasmo não depende da penetração para acontece.

Mulheres demoram mais para chegar lá – De forma geral sim, porque na sua resposta sexual, elas têm mudanças anatômicas na sua genitália para que possa ser penetrada sem dor. Muitas vezes, em um encontro casual, a mulher pode ter um orgasmo dentro de poucos minutos, pelo fator fantasia do momento.

Existe Orgasmo anal, vaginal e clitoriano? – Existem zonas erógenas, tanto na região genital como em todo corpo que proporcionam excitação, variadas de pessoa para pessoa. Para os homens, as carícias na região perineal e anal podem estimular a próstata e favorecer a ereção. Para as mulheres, o canal vaginal possui uma plataforma orgástica, região mais sensível ao toque logo nos primeiros centímetros, que participa efetivamente na elevação da excitação. O ânus não é preparado anatomicamente para produzir um orgasmo. Mas orgasmo é um só e ele não é separado em vaginal, clitoriano, peniano. Ele é uma sensação do corpo inteiro. O que muda são os pontos estimulados para a excitação. Dra. Sylvia Faria Marzano – www.isexp.com.br (Terra)

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