O Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, foi adotado para a conscientização da importância do exame. O câncer de mama é o tumor maligno mais incidente entre as mulheres, principalmente nas idades de 40 a 60 anos. A Dra. Vivian Milani, médica radiologista da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi), alerta que muitos tumores mamários não são palpáveis ou dolorosos, por isso a necessidade de ações preventivas para uma análise precoce.
“A mamografia é capaz de detectar lesões muito pequenas, de milímetros, imperceptíveis à palpação. Quando uma alteração é detectada inicialmente, como, por exemplo, nódulos, as chances de cura são muito maiores”, explica a especialista.
Apesar das campanhas divulgadas constantemente sobre o assunto pela mídia e órgãos de saúde, algumas pessoas costumam ter dúvidas sobre o exame. Pensando nisso, o Dr. Renato Walch, médico da família e Diretor Médico da Amparo Saúde, startup voltada para medicina da família no Brasil, tirou algumas dúvidas e reforçou a importância do medicina da família para as mulheres:
• Como é feita a mamografia e para que serve?
A mamografia é um tipo de raio-x realizado por meio do mamógrafo, um aparelho que possui duas superfícies que tem como função fazer uma compressão da mama da mulher. Esse exame é usado para detectar lesões no tecido mamário que vão desde lesões inespecíficas (calcificações), cistos simples, até tumores malignos.
• Todas as mulheres podem fazer a mamografia?
Sim, toda mulher pode realizar o análise, mas a recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Essa é a regra geral, mas pode variar de acordo com cada caso. Por exemplo, para aquelas que possuem fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como história familiar ou não ter tido filhos, o médico pode pedir que o exame comece a ser feito antes, por volta dos 35 anos.
• O ultrassom de mama ajuda no diagnóstico do câncer de mama?
Sim! Em mulheres mais jovens e até antes dos 50 anos ou com mamas pequenas, o ultrassom pode ser o exame mais indicado para avaliar alguma possível lesão. Mas é importante lembrar que para o rastreamento específico da doença, apenas a mamografia é indicada, pois com a idade, a mama sofre uma alteração fisiológica (natural) que é a lipo-substituição do tecido mamário (por tecido de gordura, mais flácido e sem sustentação), que impede a avaliação assertiva.
• Existe cuidados e contraindicações que podem evitar o Câncer de Mama?
Há uma relação com história familiar. A mulher que tem parentes de 1º grau (mãe, filha ou irmã) que tiveram a doença, devem estar mais atentas aos sinais precoces e aos cuidados, principalmente após os 35 anos. O aumento do número de casos pode também estar ligado a mudança dos hábitos alimentares da população, ganho de peso, início da menarca (1ª menstruação da mulher), amamentação e quantidade de filhos, considerando que cada vez mais mulheres engravidam com mais idade.