Aproximadamente mil mulheres foram reunidas no Campo Grande durante o desfile da Banda Didá. O grupo, que estreou neste carnaval da retomada no sábado (18), leva para as ruas o tema Afrofuturismo: os algoritmos dos búzios. A regente da banda, a Adriana Portela, afirma que a Didá dá ainda mais visibilidade ao protagonismo e resistência feminina.
“É uma honra ser maestrina de uma banda 100% feminina, que é referência para tantas mulheres no Brasil e no mundo” destacou. No figurino, a banda apresenta fantasias e elementos dourados, búzios e cores vibrantes.
A Didá é uma das 63 entidades contempladas com o edital Ouro Negro, da Secretaria da Cultura do Estado. “É mais que um aporte financeiro. O edital nos acolhe e nos incentiva a continuar. Este ano, somos mais de mil mulheres desfilando. Temos banda no chão e no trio. Para nós, é um prazer estar aqui”, disse uma das vocalistas da Banda Didá, Madá Gomes.
O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, ressaltou a importância do incentivo para que esses blocos possam estar nas ruas no Carnaval. “Muitas dessas agremiações não têm outro apoio. O edital Ouro Negro reforça o entendimento de que o que dá sentido ao nosso Carnaval é a ancestralidade, reconhecendo a tradição que forma a nossa cultura”. (bahia.ba)