Documentário sobre Lula estreia em Cannes com aplausos

Recebe aplausos em Cannes

Foto: Ricardo Stuckert

No Festival de Cannes, no domingo, o documentário “Lula” estreou com uma recepção calorosa, com aplausos entusiasmados e um coro de “olê, olê, olá”. Dirigido por Oliver Stone e Rob Wilson, o filme foi exibido em uma sessão especial que atraiu um público diversificado, predominantemente brasileiro, mas também incluindo falantes de outros idiomas.

Antes da exibição, o diretor do festival, Thierry Frèmaux, brincou perguntando quem na plateia amava o ex-presidente. Houve aplausos, e Stone respondeu: “Não se preocupem, sabemos como será a recepção a este filme”.

Durante o filme, a câmera de Stone e Wilson captura momentos grandiosos da vida de Lula, desde sua infância até sua prisão em 2018 e as eleições presidenciais subsequentes. O documentário destaca seu papel como líder sindical, seus três casamentos e sua trajetória política, enquanto também examina o contexto histórico do Brasil, incluindo a ditadura militar e o impeachment de Dilma Rousseff.

Além disso, o filme aborda as relações entre Brasil e Estados Unidos, sugerindo o envolvimento americano no golpe de 1964 e na prisão de Lula em 2018. Stone, conhecido por suas visões críticas da história americana, levanta questões sobre o papel dos EUA na política brasileira.

Entrevistas com Lula, sua esposa Janja, Glenn Greenwald, Cristiano Zanin e outros fornecem insights sobre a complexidade política do Brasil. O documentário também critica a mídia brasileira, especialmente a Globo, enquanto destaca figuras como Greenwald como heróis.

A reação da plateia em Cannes foi mista, com vaias para imagens de Sergio Moro e reações de surpresa diante de declarações polêmicas de Bolsonaro. No entanto, o filme recebeu uma ovação de pé ao final, refletindo seu impacto emocional sobre o público.

O documentário “Lula” segue a tendência de outros filmes recentes sobre a política brasileira, como “Democracia em Vertigem” e “O Processo”, que adotam uma abordagem unidirecional em sua narrativa.

Em suma, a estreia em Cannes marca mais um capítulo na história política de Lula, oferecendo uma visão apaixonada de sua vida e legado.

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