Nesta semana, informações sobre o rumo dos juros no Brasil e no exterior devem direcionar o mercado financeiro
O dólar subia frente ao real nesta terça-feira (9) conforme investidores digeriam a ata da última reunião de política monetária do Banco Central e reagiam à deflação mensal do IPCA em julho, enquanto, no exterior, o clima era de expectativa por dados de preços ao consumidor dos Estados Unidos.
Às 9:14 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,27%, a R$ 5,12 na venda. Na Bolsa, às 9:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,31%, a R$ 5,16.
Na véspera, enquanto a moeda americana perdeu força pela terceira vez seguida, a Bolsa de Valores teve um dia de ganhos.
O Ibovespa subiu 1,81%, chegando assim aos 108.402 pontos, a maior pontuação para um fechamento do índice desde 7 de junho.
Parte importante da alta da Bolsa é reflexo da disparada de 5,05% das ações preferenciais da Petrobras, cujos papéis foram os mais negociados nesta sessão.
Nesta semana, informações sobre o rumo dos juros no Brasil e no exterior devem direcionar o mercado financeiro.
Ainda nesta terça, investidores devem procurar na ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central pistas que possam reforçar a expectativa de que o ciclo de elevação dos juros no Brasil está chegando ao fim.
Nos Estados Unidos, o dado mais esperado é a inflação ao consumidor americano, na quarta-feira (10).
Na semana passada, o governo dos Estados Unidos surpreendeu o mercado ao divulgar dados sobre a criação de vagas de trabalho que superaram as expectativas para julho.
Isso indicou que a economia americana não estava em recessão, apesar de duas quedas trimestrais consecutivas do PIB (Produto Interno Bruto).
Investidores voltaram a considerar, portanto, que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) manterá um nível semelhante de aumento da sua taxa de juros das duas últimas reuniões, de 0,75 ponto percentual.
Novos dados sobre a inflação americana nesta semana podem dar pistas se o Fed manterá ou não o ritmo do aperto monetário. (Politica Livre)