O Real Digital, batizado de “Drex” pelo Banco Central (BC) e futura moeda digital do Brasil, deve ter algum custo para o consumidor. A avaliação é do coordenador do Drex no BC, Fabio Araújo, que participou de uma live no canal da autoridade monetária, na segunda-feira (7/8).
“O Drex sempre está associado a um serviço financeiro. Então, essa prestação de serviço tem seu custo de operacionalização e o lucro de quem oferece esse serviço. É natural que os custos da plataforma sejam parte desse serviço”, afirmou Araújo, sem detalhar como seria essa cobrança.
Ainda segundo o executivo, o Drex possibilitará a diminuição dos intermediários nas transações financeiras, o que diminuirá os gastos na operação.
“Não precisa mais ter advogado. Tem um pedaço de código garantindo que os valores estão de acordo com o que foi registrado no contrato. Baixa muito o custo”, diz.
“Hoje, toda vez que eu contrato um advogado, tenho um custo da pessoa, mas a partir da construção de um ‘smart contract’. O próximo uso tem custo zero. Tem um custo, mas parece que será mais barato do que o que temos hoje. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia para que seja muito mais barata.”
“Smart contract” é um tipo de contrato elaborado dentro de uma rede blockchain, que permite a execução automática dos termos acordados. A tecnologia blockchain, por sua vez, é o sistema que permite envio e recebimento de informações pela internet e funciona como um grande banco de dados que registra as transações.
(Metrópole)