As investigações sobre o caso da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, encontrada morta dentro de seu próprio carro às margens da BR-324, no último domingo (11), já apontam para um avanço significativo. O principal suspeito do crime é o marido da vítima, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, que foi preso, mas nega envolvimento e mantém a versão de que ambos teriam sido vítimas de um sequestro.
Durante uma entrevista coletiva concedida ao Voz da Bahia, na manhã desta segunda-feira (12) em Santo Antônio de Jesus, onde ocorreu o velório de Patrícia, a delegada Heloísa Brito informou que Tancredo responde por outros três casos. “Ele já responde a três outros casos de agressão: um contra uma médica em Feira de Santana, outro em Foz do Iguaçu e uma terceira situação de ameaça,” afirmou Brito.
Heloísa Brito também esclareceu sobre o andamento do caso, destacando que a polícia está comunicando ao Judiciário sobre o processo, e Tancredo será submetido a uma audiência de custódia na tarde desta de hoje em São Sebastião do Passé. A delegada mencionou que mais investigações precisam ser incorporados ao processo, assim como o depoimento de outras pessoas que possam ter informações relevantes sobre o caso.
Questionada pela nossa reportagens sobre as imagens de câmeras de videomonitoramento que possam ajudar nas investigações, a magistrada reforçou que já foi pedido aos estabelecimentos comerciais e de todo o trajeto feito pelo casal no dia do crime. “já pedimos as imagens nos dois estabelecimentos que eles estiveram na noite do crime, e na BRs 101 e 324, até onde o corpo foi encontrado” expôs
“É extremamente doloroso para nós da polícia perder uma colega de maneira tão violenta, especialmente em circunstâncias que ela dedicava sua vida a combater. No entanto, a Polícia Civil está comprometida em realizar uma investigação rigorosa, utilizando todos os recursos disponíveis para que a verdade seja esclarecida e a justiça seja feita,” concluiu Heloísa.