Nos últimos anos o mundo tem acompanhado um crescimento da extrema-direita no meio político bem como na sociedade civil. O Brasil, por sua vez, foi apontado em um relatório divulgado em 2022, da ONG Anti-Defamation League (ADL), observatório de extrema-direita, como o país onde o extremismo mais avança em todo o globo.
Em análise feita nesta quarta-feira (17) na Rádio Metropole, o historiador Marco Antonio Villa, disse que na atualidade os pilares da democracia liberal têm sido atacados de forma que não era registrada desde os anos 30.
“Sem exageros, esse é o momento nessa década, a terceira década do século XXI, mais difícil desde os anos 1930, quando tínhamos nazismo na Alemanha, fascismo na Itália, salazarismo em Portugal, franquismo na Espanha, na Polônia Ditadura, na Hungria também. Estamos em um período muito próximo àquilo. Momento em que os pilares da democracia liberal são atacados pela direita como naquele momento histórico. É um momento muito difícil, temos uma crise de lideranças em todo o mundo ocidental”, destacou.
Como exemplo, Marco Antonio citou o favoritismo de Donald Trump para as eleições deste ano, além do comando da Argentina nas mãos de Javier Milei. O historiador destacou a falta de lideranças no Brasil e o discurso da ilusória ameaça comunista como os principais motivos para essa adesão à extrema direita e disse que as eleições de 2026 para o Senado são o grande foco dos extremistas.
“O objetivo hoje do extremismo brasileiro é em 2026 tomar o controle do senado federal, renovar dois terços e, se eles tiverem uma maioria, eles vão atacar o maior inimigo do extremismo que para eles é o Supremo Tribunal Federal, vamos entrar em uma crise pior do que o 8 de Janeiro”, alertou.
Fonte: Metro1