O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (16) para suspender as eleições marcadas para o dia 25 de maio, que visam eleger um novo presidente para a entidade.
O pleito foi convocado mais cedo pelo vice-presidente e atual interventor da CBF, Fernando Sarney, após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que afastou Ednaldo do comando da confederação.
No pedido encaminhado ao ministro Gilmar Mendes — que é relator do caso — a defesa de Ednaldo argumenta que o STF já tem agendado para o dia 28 deste mês o julgamento definitivo sobre a legalidade dos acordos firmados entre o Ministério Público e entidades esportivas, como o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que embasou a eleição de Ednaldo.
“A realização de novo pleito apenas três dias antes do julgamento definitivo desta Corte representa, portanto, não apenas afronta à autoridade jurisdicional do Supremo Tribunal Federal, mas sobretudo grave risco de nulidade superveniente, com consequências institucionais irreparáveis”, afirmam os advogados.
Ainda não há previsão de quando o ministro Gilmar Mendes decidirá sobre o pedido.
Entenda o caso
Ednaldo Rodrigues foi afastado ontem (15) por decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do TJRJ. O magistrado considerou uma denúncia de falsificação da assinatura do ex-vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima no acordo homologado pelo STF para pacificar a disputa judicial pela presidência da CBF.
Em dezembro de 2023, o mesmo tribunal já havia decidido retirar Ednaldo do cargo, ao considerar ilegal o TAC assinado entre o Ministério Público e a CBF, que viabilizou uma nova eleição vencida por ele em 2022.
No entanto, em fevereiro deste ano, Gilmar Mendes restabeleceu Ednaldo à presidência por meio de uma liminar. O julgamento definitivo dessa liminar está marcado para o próximo dia 28.