O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), afirmou em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia não ver “impeditivo” para uma eventual conciliação com o ex-prefeito ACM Neto (DEM), com quem rompeu desde fevereiro, quando passou a ocupar a pasta federal. Como condicionante para uma reaproximação, porém, Roma defende que o ex-aliado e padrinho político aceite o presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu palanque.
ACM Neto oficializou na semana passada sua pré-candidatura ao governo da Bahia, pleito para o qual o ministro bolsonarista também ensaia concorrer.
“Eu sou deputado federal licenciado, mantenho um excelente diálogo com todos do mundo político. Mas a questão com o ACM Neto é que não há diálogo realmente desde o último dia 12 de fevereiro. Mas também não é impeditivo. É possível ter. É possível também ter clareza nos projetos. Eu estou no projeto que dará suporte à reeleição do presidente Bolsonaro. Ele aceita Bolsonaro no palanque? Então, se não há intuito dele em se aproximar do presidente Bolsonaro, não temos equação política”, disse o ministro.
Na entrevista, Roma admitiu ter mantido conversas com o PL, sigla que acaba de filiar Bolsonaro. “O que está se colocando hoje, portanto, é uma movimentação em torno de uma possível candidatura minha ao governo do estado da Bahia, que já vem sendo noticiada. No momento lá falou que São Paulo na história [sobre sua possível filiação ao PL], também estava envolvido na história o estado da Bahia”, declarou.
Questionado sobre a tendência de o Republicanos apoiar ACM Neto na disputa pelo Thomé de Souza, Roma negou que essa já seja uma decisão já tomada internamente pelo presidente estadual da sigla, Márcio Marinho.
“Ligue para ele agora e pergunte se tem essa declaração. Não tem nenhuma declaração aqui. Nós estamos tratando, dentro do Republicanos, é justamente buscando sintonizar internamente e ainda não há uma definição sobre qual o melhor projeto para o partido. Mas a tendência é que a gente siga sim no projeto até para dar suporte assim como se tem sido nacionalmente. Dá suporte à reeleição do presidente Bolsonaro para que ele tenha sim palanque no quarto maior colégio eleitoral do Brasil, que é a Bahia”, desconversou.
Quanto a ataques recentemente feitos por Roberta Roma, sua esposa, a ACM Neto, a quem ela se referiu como “coronelzinho” e “velho travestido de novo, o ministro minimizou o episódio. “Roberta tem opiniões próprias e o que foi dito, foi dito. Muita coisa acontecendo no cenário baiano e, às vezes, as coisas são externadas, né?”, respondeu ele. (Metro1)