“Ele dizia que, se fosse preso, daria um tiro na minha boca”, relatou ex de homem acusado de matar delegada

Eu acreditava que ele era doente

Uma mulher que teve um relacionamento com Tancredo Neves, suspeito de matar a delegada Patrícia Jackes no domingo (11) em São Sebastião do Passé contou sobre as ameaças que sofreu. Segundo ela, Tancredo dizia que “iria dar um tiro na sua boca” e “fazer um carro passar por cima” dela.

Na segunda-feira (12), após ser preso, Tancredo confessou o crime e admitiu que asfixiou Patrícia. Sua prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.

Em entrevista à TV Bahia, a mulher, que preferiu não revelar sua identidade, disse que teve um relacionamento de meses com Tancredo e que os dois tiveram um filho juntos. Ela descreveu o temperamento explosivo dele e como ele sempre se fazia de vítima.

Com o tempo, as ameaças de Tancredo aumentaram, incluindo a família dela, o que a levou a pedir uma medida protetiva contra ele. “Ele dizia que, se fosse preso, daria um tiro na minha boca e que um carro deveria passar por cima de mim”, relatou. Ela também afirmou que Tancredo se declarava um sociopata, o que a fez se afastar completamente após pesquisar sobre o comportamento.

A mulher compartilhou que, ao saber da morte da delegada, temeu que o mesmo pudesse ter acontecido com ela. “Poderia ter sido minha mãe chorando. Se fosse comigo, talvez não teria dado em nada. Muitas vezes fui à delegacia porque ele violava a medida protetiva, mas nunca fui ouvida.”

Ela também falou sobre como Tancredo a diminuía como mulher e como o relacionamento a destruiu. “Na primeira oportunidade que vi como ele realmente era, me afastei, mas ele acabou comigo. Eu acreditava que ele era doente”, concluiu.

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