Após os atos golpistas do 8/1, que culminou na invasão da Praça dos Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, representantes do governo Lula se reuniram com o proprietário do X, antigamente conhecido como Twitter, o bilionário Elon Musk.
O americano apareceu de surpresa em uma reunião marcada no dia 12 de janeiro entre integrantes da Secretaria de Comunicação, do Ministério da Justiça e representantes do Twitter, Meta (Facebook, Instagram e Whastapp), TikTok e Google.
De acordo com informações da Folha, João Brant, que depois foi nomeado secretário de políticas digitais da Secom, iniciou a reunião lendo um dos termos de uso do Twitter que versava que “incitar conduta ilegal para impedir a implementação de resultados das eleições” violaria as regras de uso da plataforma e que portanto certo conteúdos deviam ser retirados.
Musk teria então defendido a “importância da liberdade de expressão” e chegou a dar uma indireta para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao dizer que “a empresa continuaria a seguir a lei, ainda que houvesse excessos nas decisões judiciais de um determinado juiz”.
Ao fim da reunião, que durou pouco mais de 1h, Musk passou seu e-mail pessoal para os representantes do governo, mas não fez menção à tomada de nenhuma providência quanto às postagens que estariam incitando golpe de Estado.
Os tweets apresentados na reunião para exemplificar a quebra das regras da plataforma estão disponíveis até hoje no X, novo nome do Twitter.
(A Tarde)