Uma cartilha divulgada ontem (5) pelo Palácio do Planalto para comemorar os 300 dias do governo de Jair Bolsonaro diz que a corrupção foi extirpada “do seio do poder federal”. Mesmo com a denúncia que implica o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, como suspeito de envolvimento no chamado “laranjal” do PSL, o presidente decidiu mantê-lo na equipe e não classifica esse caso como corrupção.
“Os escândalos de corrupção sumiram do Palácio do Planalto e dos noticiários. As instituições são respeitadas e a relação entre os poderes é transparente e limpa. Fraudes e desmandos estão sendo combatidos desde o primeiro dia de trabalho”, diz um trecho do documento de 17 páginas, obtido pelo Estadão e intitulado “300 dias de Governo. 300 dias recuperando a confiança. 300 dias de resultados”.
Apesar dos registros de graves problemas ambientais, como queimadas na Amazônia e vazamento de óleo em praias do Nordeste, a cartilha afirma que no governo Bolsonaro o meio ambiente “está deixando de ser tratado como cavalo de batalha ideológico” e diz que a “instrumentalização partidária” dos últimos anos foi generalizada.
“Os resultados dessa mudança de postura já são percebidos de diferentes formas, especialmente no Turismo, intimamente ligado ao Meio Ambiente”, destaca o texto.
A cartilha também diz que o governo enterrou o “toma lá dá cá” da distribuição de cargos em troca de votos no Congresso e fez auditoria em benefícios suspeitos pagos às “vítimas da ditadura” – as palavras foram escritas entre aspas no texto do governo.
(Metro1)