Emas de Bolsonaro morrem com obesidade após serem alimentadas com restos de comida

Sob o acompanhamento do Ibama, alguns deles foram conduzidos ao Zoológico de Brasília, para ficarem em ambientes adequados. O atual governo afirma estar analisando medidas para evitar novas mortes.

Divulgação

Duas emas da Presidência da República morreram após apresentarem quadro de excesso de gordura. Depois de assumir os palácios presidenciais, o governo Lula constatou que os animais foram alimentados com restos de comida humana na gestão Jair Bolsonaro (PL).

Os documentos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Casa Civil que revelam que animais estão sem assistência veterinária e, em sua maioria, em instalações impróprias. Segundo o UOL, a gestão Bolsonaro destinou somente um terço do orçamento anual necessário para a manutenção dos animais.

Sob o acompanhamento do Ibama, alguns deles foram conduzidos ao Zoológico de Brasília, para ficarem em ambientes adequados. O atual governo afirma estar analisando medidas para evitar novas mortes.

As duas emas mortas estavam na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência, ocupada até o meio de dezembro pelo ex-ministro Paulo Guedes. Segundo a planilha de contagem de animais realizada pela presidência, a primeira morreu na segunda semana de janeiro e outra, na última semana.

No dia 6 de janeiro, a primeira-dama Janja da Silva solicitou uma avaliação dos animais nas residências. Segundo o relatório, a maioria apresentava “bom estado geral de saúde”, mas estava em “instalações inadequadas”. Na semana seguinte, o primeiro animal faleceu.

Na primeira autópsia, foi constatado excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado das aves.

Os técnicos que acompanharam tanto o processo de avaliação quanto a autópsia dos animais informaram que a morte súbita “fecha com o quadro” de doenças cardíacas e hepáticas, “desencadeadas provavelmente pelo mau manejo alimentar durante os últimos anos”.

O laudo final sobre a morte das duas emas será divulgado em duas ou três semanas. Porém, os técnicos disseram nunca terem visto uma ave com “tanta gordura”.

Segundo os profissionais que realizaram o acompanhamento em janeiro, os animais estavam sendo alimentados com resto de comida humana misturada a rações. Neste momento, há 17 emas na Granja do Torto e 38 no Palácio da Alvorada.

Os animais estavam comendo arroz e milho junto à ração, o que contribui para o excesso de peso dos bichos de forma desequilibrada. (BNews)

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