Pode parecer completamente sem sentido, afinal, por que não se deve praticar exercício e, em seguida, usar um enxaguante bucal? O que uma coisa tem a ver com a outra? A ciência explica!Nos anúncios televisivos o processo parece simples e completamente eficaz. Um individuo escova os dentes, bochecha com o enxaguante e, então, a partir dai a sua higiene bucal está 100% garantida. Mas, já se perguntou qual será o preço que a sua saúde paga por essa quantidade de químicos que coloca na boca?
Uma experiência realizada por cientistas do Reino Unido e de Espanha, publicada no periódico Science Direct, revelou que ao usar o enxaguante bucal logo após o exercício acaba com uma das vantagens da atividade física: a redução da pressão arterial.
Quando nos exercitamos, os vasos sanguíneos abrem-se por conta do óxido nítrico, dilatando-os, e assim a pressão arterial diminui, o que beneficia a prática de exercício e a saúde em geral.
Por muito tempo acreditava-se que os vasos permaneciam dilatados apenas pelo período de tempo que durava a atividade física, entretanto, foi apurado que após esse período a pressão se mantém baixa graças à forma como as bactérias interagem com o composto nitrato.
O nitrato é absorvido pelas glândulas salivares e excretado com saliva na boca. Dali, algumas bactérias usam o nitrato e convertem-no em nitrito, que é engolido com a saliva, é absorvido pela circulação sanguínea e volta ao óxido nítrico, o que mantém os vasos dilatados e diminui a pressão.
Sendo assim, se um enxaguante bucal antibacteriano for utilizado, esse sistema será interrompido, e a pressão sanguínea voltará a aumentar após a atividade física.
(Notícias ao Minuto)