O ex-BBB Diego Gásquez, conhecido como Diego Alemão, que foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná pelos crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal, desacato e ameaça, se tornou réu no processo.
A denúncia foi aceita pelo juiz Lourival Pedro Chemim. A denúncia de fraude processual contra ele foi arquivado pelo juiz.
Diego Alemão se envolveu em um acidente, em Curitiba, em 18 de abril do ano passado. Ele chegou a ser preso e foi solto um dia depois após pagar fiança de R$ 7 mil. Em maio, ele foi indiciado pela Polícia Civil pelos mesmos crimes e no dia 27 de julho foi denunciado pelo MP-PR.
“Há indícios suficientes das autorias e as materialidades delitivas estão demonstradas. Trata-se de cognição sumária não exauriente. Houve exposição dos fatos tidos como criminosos, com todas as suas circunstâncias, o acusado foi qualificado, houve classificação dos crimes e foi apresentado o rol de testemunhas”, destacou o juiz.
Como aconteceu o acidente
O acidente aconteceu na Rua Alencar Guimarães , no bairro Santa Quitéria, e envolveu o carro do ex-BBB e do motorista de aplicativo Fábio Reis Rosário.
Quando os policiais chegaram ao local da batida, Alemão se recusou a fazer o teste do bafômetro. O delegado Leonardo Carneiro disse que o ex-BBB deu um soco no motorista de aplicativo e desacatou a equipe.
O motorista Fábio Rosário disse que o carro dele estava estacionado aguardando ser chamado para corridas, quando foi atingido pelo veículo de Diego Alemão. Ele também relatou que Diego insistiu para que a polícia não fosse chamada, e o agrediu no rosto.
Quando os policiais chegaram ao local do acidente, Alemão se recusou a fazer o teste do bafômetro. Em um áudio, um policial militar que atendeu o ocorrido contou sobre as ameaças e desacato. “Ele não atendeu de forma educada a todo momento que eu e meu companheiro de equipe pedimos”, relatou.
Extorsão
No dia 22 de abril, três homens suspeitos de extorquir Diego Alemão foram presos. A polícia informou que os três procuraram a defesa de Alemão e exigiram R$ 50 mil para não expor novos vídeos e também se propuseram, com o pagamento, a testemunhar a favor do ex-BBB, conforme a defesa dele preferisse.
Os três suspeitos são Daniel Alves, testemunha que gravou os vídeos da prisão de Diego, e os advogados Maurício Tesserolli e Walter Fontes. Eles deixaram a prisão dois dias depois, e o caso foi arquivado.
À época, Diego procurou a polícia para abrir um Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o caso.
O outro lado
O advogado Jeffrey Chiquini, que defende Diego Alemão, disse que “a falta de coerência e imparcialidade da acusação, em evidente seletividade acusatória, é consequência da personalidade pública que o acusado representa”.
Chiquini disse ainda que “é notório que os crimes praticados por Daniel Alves e seus advogados foram arquivados para não enfraquecer a acusação contra Diego Gasques”.
A defesa dos advogados Maurício Tesserolli e Walter Fontes, representada pelo advogado Ygor Nasser Salah Salmen, disse que os profissionais são experientes, sem qualquer mácula em suas vidas pregressas, e que tiveram suas honras maculadas, imagens ridicularizadas e nomes amplamente divulgados, por indivíduos sem qualquer senso de responsabilidade. (Fonte: G1)