A ex-primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto, chorou durante sabatina realizada nesta segunda-feira (6) ao citar ter sofrido “ataques sistemáticos” desde que sua indicação ao cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) veio a público. Caso consiga garantir a vaga de conselheira do TCM, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), terá salário básico de R$ 41 mil em caráter vitalício além de outras mordomias inerentes à função.
“Tentaram me desqualificar apenas por ser casada com o ex-governador da Bahia e atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa”, disse Aline, que foi aplaudida por alguns deputados que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (AL-BA).
O ex-deputado estadual Tom Araujo, que também oficializou seu nome para concorrer ao posto, com 18 assinaturas, será sabatinado na tarde desta segunda.
‘Sempre defendi que essa sessão fosse realizada de modo aberto e democrática’, disse Aline.
De acordo com a coluna Satélite desta segunda, líderes da bancada governista na Assembleia Legislativa buscaram uma brecha no Regimento Interno da Casa para restringir o acesso à sabatina da ex-primeira-dama apenas aos deputados que integram o colegiado.
Segundo a Satélite, a manobra foi traçada pela tropa de choque do governo para evitar que a esposa de Rui fosse alvo de parlamentares da oposição e impedir que a sabatina seja transmitida pela emissora de TV da Assembleia. O que, em tese, multiplica o desgaste já provocado para Rui desde que sua interferência direta para colocar Aline no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ganhou as manchetes da imprensa local e nacional. (Correio)