Sônia Fontes ex-secretária de Infraestrutura do governo do ex-prefeito Rogério Andrade (PSD), procurou o Voz da Bahia e rebateu a informação do Secretário atual de Infraestrutura da administração do prefeito Genival Deolino (PSDB), André Gomes e do ex-vice-presidente do ConCidade (Conselho das Cidades) Leonel Reis, sobre o seu parecer de agosto de 2020 negando a vinda do Atakarejo em Santo Antônio de Jesus (reveja aqui). De acordo com a ex-secretária, foi solicitado à prefeitura uma análise prévia acerca do que poderia ser implantado na área objeto de discussão, “na verdade era um questionamento genérico, embrionário, vez que não se falava objetivamente ainda em Atakarejo, nem sequer havia projeto”, emitiu.
A referida ex-gestora da pasta da Infraestrutura assinalou que naquele primeiro momento o município se posicionou demonstrando preocupação com o impacto na vizinhança, emissão de ruídos (poluição sonora), “houve uma apreensão o que o futuro empreendimento poderia causar, sem, contudo, repetimos, saber do que se tratava objetivamente. Inclusive, caso fosse supermercado, material de construção, varejista, a disponibilidade de vagas para estacionamento”, alertou.
Sônia, contudo, revelou que no mês de novembro, o Atakarejo protocolou no SAM (Serviço de Atendimento Municipal) o projeto e diante da objetividade a prefeitura emitiu parecer técnico atestando que o referido projeto não teria o código de obras do município. Ela também disse que solicitou a empresa que apresentasse o estudo de impacto de vizinhança, o que segundo ela foi atendido. “De posse do projeto e do estudo de impacto e vizinhança, a gestão encaminhou todo o processo para a análise do ConCidades, atendendo o rito natural. Convicta da importância da viabilização do empreendimento para o município, o então ex-prefeito, convocou extraordinariamente uma reunião do ConCidades, para o dia 29 de dezembro de 2020, objetivando a aprovação do projeto. É tão óbvio esse desejo de aprovação, que se a gestão passada não tivesse decidido pela implantação do projeto, teria indeferido e não encaminhado para o ConCidades”, alegou a ex-secretária.
Fontes citou ainda que a época havia participado da reunião com ela: “Dr. Igor Coutinho, Hélio Lima e Lucas Santos, onde todos se posicionaram favoráveis a aprovação do projeto, não obtendo êxito, ficando para ser discutido em 2021. Assim, lamentamos que os interesses da população tenham sido deixados de lado em detrimento da vontade de poucos”, expôs.
A ex-secretária expõe que em sua visão, não haveria nenhum impedimento legal para o prosseguimento do projeto. “Além de ser, mais que importante, ficar claro, que não procede a informação de que a gestão anterior também teria se posicionado contra a intenção do Atakarejo de se instalar na nossa cidade e no local desejado”, concluiu.
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