O cardeal Angelo Sodano morreu na última sexta-feira (27), aos 94 anos, em Roma, segundo o Vatican News.
Segundo a agência de notícias do Vaticano, o cardeal havia sido hospitalizado em razão de uma pneumonia no início do mês, após testar positivo para Covid-19. Ele estava com a saúde debilitada há algum tempo.
Em um telegrama enviado à irmã do cardeal no sábado (28), o Papa Francisco mostrou suas condolências.
“Lembro-me do seu trabalho diligente ao lado de tantos de meus antecessores, que lhe confiaram importantes responsabilidades na diplomacia do Vaticano, até o delicado cargo de secretário de Estado”, afirmou Francisco.
Sodano já serviu a dois papas como secretário de Estado e como decano do Colégio dos Cardeais. Ele permaneceu influente mesmo na aposentadoria.
Angelo foi duranmente criticado durante a crise de abuso sexual da Igreja. Em 2005, em uma reunião com a então secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, ele teria pedido que ela interviesse em um processo de abuso sexual no estado de Kentucky, que nomeou o Vaticano como réu. Mas ela recusou, de acordo com o National Catholic Reporter na época.
Durante anos, o cardeal foi pressionado por minimizar o abuso sexual ou bloquear investigações sobre o escândalo.