Praticar exercícios aeróbicos regularmente pode ajudar a proteger o cérebro contra o Alzheimer. Um estudo recente, conduzido por cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que a atividade física reduz marcadores da doença e melhora a comunicação entre neurônios.
A pesquisa, publicada no periódico Brain Research, analisou dez ratos idosos divididos em dois grupos: metade correu em uma esteira por dois meses, cinco vezes por semana, enquanto os demais permaneceram sedentários.
Os resultados indicaram que os animais que se exercitaram apresentaram menor acúmulo das proteínas TAU e beta-amiloide, associadas à degeneração dos neurônios, além de menor inflamação cerebral e níveis mais equilibrados de ferro no cérebro.
Segundo o neurocientista Robson Gutierre, um dos autores do estudo, a atividade física contribui para reduzir inflamações relacionadas ao envelhecimento, prevenindo a perda de mielina e ajudando a regular o ferro no cérebro. Além disso, o treinamento de força também se mostrou benéfico, elevando os níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), que favorece a neuroplasticidade e protege contra o declínio cognitivo.
Para aproveitar esses benefícios, os pesquisadores recomendam a prática de exercícios aeróbicos pelo menos três vezes por semana. Para iniciantes, é ideal passar por uma avaliação física antes de definir a intensidade dos treinos.
Opções de exercícios aeróbicos:
- Caminhadas ou corridas
- Natação
- Ciclismo
- Uso de esteira e outros equipamentos cardiovasculares