O ministro das Comunicações, Fábio Faria, tem afirmado em entrevistas que sua intenção ao convocar uma entrevista coletiva para denunciar supostas irregularidades nas inserções de propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) nas rádios não era pedir o adiamento das eleições.
De acordo com ele, a ideia era fazer um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o problema fosse sanado, mas a “iniciativa desandou” quando bolsonaristas passaram a usar o fato para pedir o adiamento das eleições, que acusavam de “fraude”.
Ao Supremo Tribunal Federal (STF), Faria disse que o bolsonarismo comete um erro gravíssimo ao pedir o adiamento das eleições com base no caso das inserções de rádio.
As disputas ocasionadas pela denúncia levaram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a pedir por um “terceiro turno” ou o adiamento do segundo. Na última quinta-feira (27), o programa Melhor de 3, da Rádio Metropole, explicou o caso e entrevistou especialistas em direito eleitoral para saber se era possível acontecer o adiamento.
“Não existe essa hipótese de adiamento da eleição. A data da eleição não uma ação entre amigos, a data da eleição é fixada na Constituição Federal. A Constituição prevê que o primeiro turno seja no primeiro domingo de outubro e o eventual segundo turno, no último domingo de outubro, ponto. Isso está escrito na Constituição, nisso não se mexe”, explicou o advogado e especialista em direito eleitoral Alexandre Rollo. (Metro1)